14 maio, 2007

XXXI - Um Longo Breve Passo

E lá se foram cinco meses desde a última palavra colocada aqui. Desde aquele dia nada de criativo me vem à cabeça. Nada que me soe interessante ou que me acresça ou decresça em algo. É completamente inútil tentar entender de onde vem tanta falta de inspiração, mas o fato é que é isso e pronto. O vago, o sem razão, o sem palavras. É assim que vivo ultimamente. Mas não que seja desanimador, não é o caso. Aliás, desanimar é uma coisa que não me lembro como se faz há pelo menos dois anos.

Meu corpo, minha alma e, por sua vez, minha cabeça tem tempo apenas para o ego ou a que se denomina vida real, mas que de real nem tem tanto assim. Digamos que o tempo que me restava foi tomado por completo por algo que não sei o que é. Passei um tempo organizando tudo para ver se eu descobriria por fim o que é que me toma tanto tempo assim e ao terminar, percebi que havia me atrasada muito com meus a fazeres, e logo, tive que correr contra o tempo para acertar as coisas.

Mas não me esqueci deste espaço. É um espaço simples, sem sofás ou sequer almofadões, mas que me traz conforto quando passo por ele.

Enfim, por hora me resta um suspiro. Fecho agora a porta e guardo bem as chaves. Mais hora, menos hora passarei aqui de novo. Por momento estou satisfeito e mesmo que não tivesse, não posso perder tempo ou perder o tempo; antes que ele se perca de mim.

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