Preso dentro daquele cubículo móvel que no momento se encontrava obrigatoriamente parado em meio a um trânsito infernal, ainda mais infernal era o calor que aquela van carregava junto dos passageiros. Não sei o que é pior, estar preso e saber da condição dessa ação ou estar preso, ter a liberdade de sair pra onde quiser e por dúvidas sobre o que o futuro nos guarda, ter como livre escolha, a condição de se manter preso.
Derretíamos, todos derretíamos. Os empresários, os idosos, as crianças de colo, cobrador e até a margarina que a dona de casa havia comprado para o bolo de aniversário do filho.
Os murmúrios das pessoas conversando era constante e cada um ao seu estilo, era business, técnicas culinárias, remédios e doenças, mas o que realmente fazia com que todos concordassem em massa numa idéia só era: “Jesus Cristo, que calor!”.
VII - E o Vento? - Parte II
VII - E o Vento? - Parte III
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