- Moço, você sabe onde tem um alfaiate aqui perto?
- Xi, Não sei não senhora. Eu não moro por aqui, estou indo na casa da minha namorada e... Infelizmente não sei.
- Tá bom, obrigada.
E esse foi meu primeiro diálogo do dia em plena dez horas da manhã de um domingo de sol murcho. A mulher e o filho que aparentava lá uns quatorze anos de idade continuaram seguindo na mesma rua, olhando de casa em casa na esperança de que alguma placa mágica aparecesse com os dizeres: “Aqui mora o alfaiate”.
Mesmo assim me senti incomodado em ver aqueles dois perdidos e antes de entrar na casa da minha menina, resolvi perguntar:
- Alice, aqui mora algum alfaiate?
- Mora sim. Lá em baixo, perto do mercadinho. Por quê?
- Uma senhora com o filho estavam procurando ele. Vou avisar, pois eles já estão lá pra cima.
Voltei meus olhos para os dois, como se estimasse a distância que já estavam de mim e chamei-os com voz alta e agitando os braços para que voltassem.
- Moça, o alfaiate que vocês procuram mora ao lado do estacionamento do mercado, lá em baixo.
- Ai moço, obrigada. Obrigada.
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