A pé, chutando pedras ao longo do que me resta do caminho, devaneando com uma vida perfeita, sem dor, sem tristeza enquanto outros sofrem e lutam numa estrada longa, dando voltas ao mundo. Voltas longas, tão longas que as solas de pés já reconhecem o chão quente e o chão quente ferve a cada passo dado.
E eu? Eu, enquanto não chego no que me resta desse caminho, desobedeço aos sinais vermelhos e causo a catástrofe.
Cesso agora aquilo que então já estava ao fim: o caminho árduo, ainda lamentado por uma vida, vida que já lhe dava tudo que precisava, que já estava planejada pra ser feliz.
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