29 agosto, 2015

LXXV - A Flor

Avistei! A mais bela simples flor com o mais completo perfume. Pequena, frágil e cheia de graça.  Me encantou em primeira vista.

E foi dessa que eu quis plantar. Comecei do princípio, da semente. Levei pro meu jardim pra poder me dedicar e ver florescer.

Plantei e cuidei, até que finalmente o primeiro broto saiu. Sorri! Saltei em alegrias em ver aquele pontinho verde espiando para o mundo, espiando para mim!

Enchi me de esperanças e sorria todos os dias pra ela.

Cultivava, cuidava e cresceu mais um tantinho assim. Mostrou me as primeiras folhas, que apareciam como se quisesse me dar um abraço!

Animava-me em vê-la crescer, mas parou. Não quis mais crescer, também não quis murchar.

Queria meu abraço, e eu lhe dava. Queria um carinho, e eu lhe dava. Estagnou ali, sem flor, sem graça, sem delicadeza nem perfume.

O que será que houve? O que será que há? Me dói no peito ver que pareces desanimada. Um dia eu hei de saber?

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