É culpa dos rios que invadem sem permissão e deixa sem chão àqueles que moram ali tão perto;
É culpa do homem que invade o espaço, derruba o mato, que tira o espaço das vespas e das ervas daninhas;
É culpa da mãe natureza que chove um mar, não avisa nem fala o quanto vai derramar;
A culpa é do vento que empurra as nuvens pro meio da cidade ao invés de levá-las pro meio do mar;
É culpa do céu que emburra e escurece, não nota, não esquece que tem concreto e gente que pode se encharcar;
É culpa da cidade que cresce e se ergue em cima da terra que planta a floresta que Deus regou;
A culpa é de Deus que não tem controle sobre o que fez e não sabe mais por onde começar pra poder parar;
A culpa é minha que culpa os santos pelos pecados que eu mesmo ajudei a surgir e joga pra fora o lixo que outro inventou;
A culpa é dos ralos que em vez de cuspir, engole guloso, o que não serve e passa mal quando despenca água sem parar;
A culpa é dos rios que invadem sem permissão e deixa sem chão àquelas que moram ali tão perto...