24 agosto, 2015

LX - Dejà Vu

Sentar-se na areia da praia e sentir a brisa que parece vir do mar é a sensação que eu mais gosto.

Sempre que o faço, quero que haja um dejà vu. Quero que se repita e me faça ter a sensação que já passei por isso, para que em meu coração acumule ainda mais o desejo de estar ali.

A brisa que bate em meu rosto pode ser eterna até que eu pegue no sono. O som que vem do mar parece ser o motor daquele conjunto de sensações inexplicáveis.

Tudo que acontece atrás dos meu olhos fica como um plano de fundo sem sentido. Um grito, um carro, um barulho de motor, um suspiro.

Nesse momento não desejo que o nascer do sol, não desejo a luz do luar e sequer o brilho das estrelas. Quero que fique como está: céu nublado, embora noite, ainda rosado demonstrando que a chuva está por vir, e se vem, que não venha enquanto eu espero pelo meu dejà vu.

Momento delicado e solitário. Não que estar sozinho nesse momento signifique solidão, apenas um momento de diálogo com um vento bom que fala em meus ouvidos, me conta segredos e me diz juras de algo que por instantes me faz sorrir, me faz lembrar que ali estou livre, apenas esperando pelo meu dejà vu.

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